O TEMPO – Miguel Veiga
O tempo resseca a
pele brotando rugas no lugar do viço,
Do passado apenas a memória que ao poucos desbotam como as fotos
antigas...
Os brilhos nos olhos lentamente apagam como a aurora...
Felicidades são sopros vindos com a generosidade de Zéfiro de algum
oeste da memória...
A riqueza transforma-se em lembranças vividas, choradas em lágrimas de
sal...
O abandono é fruto do descaso com a memória,
Deixando feridas sangrando em
poeiras de cal!
Nos becos, esquinas silenciosas que caem aos pedaços de uma riqueza
distante,
No paradoxo surreal a cidade agora se assemelha aos filhos
Pobres e esquecidos tomam conta do presente na realidade ambígua...
De miséria, esquecimento, sangue e cal!
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