INSTALAÇÕES

domingo, 12 de agosto de 2012



SAUDADES

Em mim a preguiça do rio
Desliza caudalosamente
Desfazendo dunas oníricas,
Apertando o nó da garganta lentamente!

A voadeira bate o rosto em tapas de brisas,
Sacudindo na mente a saudade que insiste em ficar,
O sol derramado sobre a água lembra Munch,
Num grito infinito como a água que corre para o mar!

Agora a noite cobre o devaneio
Acalentando com seu manto
A lágrima sufocada que não veio
Transformando o amor em soluços,
Quase um pranto!

Restou a saudade de algo, sem nome, efêmero.
Talvez o voo acima da solidão,
Buscando felicidade!
Sobrou o vazio inexplicável,
Fruto do abismo da incerteza do amar e a ilusão.

(Miguel Veiga)

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